quarta-feira, 20 de junho de 2012

Regina Silveira

                                                               

Regina Scalzilli Silveira (Porto Alegre RS 1939). Artista multimídia, gravadora, pintora, professora. Possui graduação pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IA/UFRGS) e mestrado e doutorado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Em 1967, tem aulas de história da arte na Faculdade de Filosofia de Madri. Leciona na Universidade de Porto Rico, no período de 1969 a 1973. Sua primeira instalação, In Absentia (Cavalete), é exibida no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1982. Na 17ª Bienal Internacional de São Paulo, 1983, expõe In Absentia (M.D.). Suas primeiras individuais no exterior foram em Montevidéu (1966), na Galeria U; e em Madri (1967), na Galeria Seiquer. Em 1988, expõe em Lisboa na Fundação Gulbenkian. Transfere-se para Nova York, em 1991, com bolsa Guggenheim. Em 1993, ganha a bolsa Pollock-Krasner e faz estágio em Banff, Canadá, como artista residente. Em 1996, realiza a exposição Grafias, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). O trabalho de Silveira, diversificado no uso de materiais (gravuras, tapetes, microfichas, objetos, vídeos, pintura sobre paredes), está fundamentado numa discussão aguda sobre as ilusões da representação.
                                                       IMPORTÂNCIA DE SUA OBRA
Regina Silveira é autora de vídeos rigorosos como uma equação matemática. Seus trabalhos Sobre a Mão (1980), A Arte de Desenhar (1980) e Morfas (1981) estão entre os melhores trabalhos produzidos pelos pioneiros do vídeo brasileiro. O último, particularmente, dá continuidade à desmontagem dos códigos convencionais de representação, que a artista vem realizando por meio de suas obras pictóricas nas últimas décadas. Morfas é uma sucessão de panorâmicas sobre objetos banais da vida caseira (escovas de dente, sabonetes, pentes, utensílios de cozinha, etc.), apresentadas de tal forma que o recorte extremamente fechado do quadro e a proximidade exagerada da câmera lhes dão uma fisionomia estranha, como se os objetos formassem um bestiário sobrenatural.


Haroldo Bianchini Jr.

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